Lanço aqui o debate sobre esta grande questão: será que os profissionais do sexo merecem ter os mesmos privilégios e deveres que os outros trabalhadores?
Cada um tem a uma opinião própria e gostaria que a deixasse por este blog , porque o assunto é interessante e toca a todos, já que somos todos membros desta sociedade.
Na minha opinião os profissionais do sexo deviam ter, sem sombra para dúvida os mesmos direitos e deveres que todos os outros profissionais.
Deviam pagar impostos, deviam ter direito a segurança social, a uma junta médica( isto também no melhor interesse do cliente) e deviam poder ser vistos da mesma forma que qualquer outra profissão.
Mas tudo isto levanta problemas legais, não que um deles seja legalizar esta indústria.
O problema foca-se no sentido em que, por exemplo na Alemanha, se uma pessoa desempregada recusar um emprego na indústria do sexo perde o subsídio de desemprego.
Isto aconteceu recentemente a uma conxinha Alemã que estando no desemprego foi-se inscrever num centro de emprego.
Na sua candidatura escreveu que não se importava de trabalhar num café ou bar uma vez que já o tinha feito (repare-se que não especificou nada sobre serviços sexuais). Porém a lei alemã reconhece serviço de bar, ou serviço nocturno a prostituição que é perfeitamente legal.
Um proprietário de uma casa de prostituição fez-lhe uma oferta de emprego que a conxinha alemã recusou. Ora sendo esta actividade completamente legal, na prática, ela recusou-se a aceitar o trabalho logo perdeu o direito ao fundo de desemprego.
Porque na Alemanha não é como em Portugal, que se pode recusar sucessivamente ofertas de emprego do centro de emprego, lá tem que se aceitar à primeira as ofertas que forem dadas.
Assim sou da opinião que estas particularidades da indústria sejam bem estudadas e respeitadas do ponto de vista ético.
Um cirurgião pode recusar-se a fazer uma operação que vá contra o seu código moral ou contra sua religião.
Se assim é então a conxinha alemã também devia ter direito a recusar um trabalho que inferia directamente com a sua moral, ética e com o seu corpo.
Pensem bem nisto, porque temos que fundamentar bem a nossa opinião sobre esta situação.
Por outro lado reparem bem no dinheiro que está a fugir dos cofres do Estado e dos nossos bolsos com este negócio.
Já repararam que uma conxinha prostituta de luxo faz em média (por cliente) mil euros!
Meus amigos, é muito dinheiro por noite e depois não existem impostos para ninguém por oficialmente a profissão destas senhoras não existe.
Já uma conxinha trabalhadora de fábrica, que não leva mil euros para casa por mês, tem ainda que pagar os impostos, senão batem-lhe à porta.
Na Holanda elas até passam factura, não fogem ao fisco de maneira nenhuma.
Sim! A legalização vai conferir á mais velha profissão do mundo um estatuto menos de underground e mais de negócio que realmente o é.
Se as conxinhas profissionais do sexo estivessem todas legalizadas se calhar seria mais difícil o tráfico humano para fins sexuais, como acontece a muitas búlgaras e ucranianas.
Acabava-se de vez com o “chulo” que só tira partido do corpo alheio, e legalizava a situação por exemplo com um estudo de patrão de uma profissional do sexo.
Esse patrão pagaria salário fixo e faria descontos para a segurança social. Assim a conxinha estaria sempre protegida de ser de alguma forma abusada ou violentada pelo “chulo”, já que existiria um contracto legal entre os dois, com direitos e deveres.
Assim se alguma coisa acontecesse a conxinha poderia fazer queixa do seu patrão como qualquer outra conxinha trabalhadora.
Pensem nisto. Pensem também que é uma hipocrisia ainda não termos legalizado este negócio tão antigo. Pensem e reflictam que é imoral não ajudarmos estas conxinhas ,
entre-sexos, prustisalsixos e transsalsixos que praticam esta profissão. No século XXI não pode existir esta forma de abuso humano!